Sutra de Amida (Curto)

Sutra Menor de Amida

:: Traduzido para o Chinês durante a Dinastia Yao – Ch’in pelo Mestre no Tripitaka Kumarajiva de Kucha.
:: Traduzido do Chinês de Kumarajiva por INAGAKI, Hisao em colaboração com Harold Stewart.
:: Supostamente Traduzido para o portuguès pelo Rev. Murillo Nunes de Azevedo (autoria a confirmar)

Nota: este texto está ainda sob revisão, portanto não se apresenta na forma definitiva.

1. Assim eu ouvi. Certa ocasião o Buda estava permanecendo no Jardim Jeta de Anatha pindadas, junto com uma grande assembleia de mil duzentos e cinqüenta monges que 346c eram todos bem conhecidos como grandes Arhats. Entre eles havia grandes discípulos tais como os Anciões Sariputra, Mahamaudgalyana, Mahakasyapa, Mahakatyana, Mahakausthila, Revata, Suddhipanthaka, Nanda, Ananda, Rahula, Gavanti, Pindolabharadvaja, Kalodayin, Mahakapphina, Vakkula e Aniruddha. Ele estava acompanhado por muitos bodhisattvas, mahasattvas, tais como o Príncipe do Dharma Manjusri, o bodhisattva Ajita, o bodhisattva do Elefante do cheiro doce e o bodhisattva da Constante Tentativa e também, por inumeráveis devas, incluindo Sakra, o Senhor dos deuses.

2. O Buda Sakyamuni então disse ao Ancião Sariputra:

“Se viajares para o oeste de onde estamos, passando por um centena de milhares kotis de Terras dos Budas, e chegarás então a terra chamada da Suprema Bemaventurança onde há um Buda chamado Amitayus. Ele esta agora vivendo lá, ensinando o Dharma.”

3. “Sariputra, porque essa Terra é chamada de a Suprema Bemaventurança? Porque os seres lá não sofrem dores mas somente gozam os prazeres de várias espécies. Novamente, Sariputra, na Terra da Suprema Bemaventurança existem sete filas de balaustradas, sete fileiras de redes decorativas, e sete filas de árvores. Todas elas são feitas de quatro espécies de pedras preciosas e se estendem por toda a terra, que é chamada da Suprema Bemaventurança. Novamente, Sariputra, na Terra da Suprema Bemaventurança há sete lagoas com água de oito excelentes qualidades. O leito dessas lagoas são de areia de ouro, e dos quatro lados de suas margens, nascem escadarias de ouro, prata, berílio, e cristal. Acima delas estão pavilhões adornados com ouro, prata, berílio, e cristal, safira, pérolas rosadas, e cornalinas. Nas lagoas existem lotus tão grandes como rodas de carruagens – os de cor azul irradiam uma luz azul, os amarelos a uma luz amarela, os vermelhos a uma luz vermelha, os brancos, a uma luz branca. Eles são maravilhosos, belos, perfumados e puros. Sariputra, a Terra da Suprema Bemaventurança está cheia com tais coisas excelentes e esplendorosas.”

“Novamente, Sariputra, nesta terra do Buda uma música celestial tocada continuamente. O solo é de ouro. Seis vezes durante o dia e a noite flores mandavara caem do céu. A cada dia, na serenidade do começo da manhã, as pessoas daquela terra enchem suas cestas com delicadas flores e vão fazer oferendas a dez mil kotis de Budas que moram nos mundos em todas as outras direções. Então eles retornam a Terra Pura para sua refeição matinal. Após essa refeição eles gozam um passeio. Sariputra, a Terra da Suprema Bemaventurança está cheia com esse esplendor e excelência.”

“Novamente, Sariputra, naquela terra há sempre muitas espécies de raros e belos pássaros de várias cores, tais como os gansos, pavões, saris, kalavinkas e jivamjivkas. Seis durante o dia os pássaros cantam com deliciosos e delicados sons que proclamam tais ensinamentos como: as cinco raizes da bondade, os cinco poderes, as sete práticas que levam até a Iluminação, e a Nobre Senda Óctupla. Ao ouvi-los todas as pessoas daquela terra são plenamente atentas ao Buda, ao Dharma, e a Sangha. Mas, Sariputra, não deverás considerar que tais pássaros nasceram como uma retribuição pelo mal karma cometido. A razão é que nenhum dos três reinos maléficos existem nessa terra do Buda. Sariputra, mesmo os nomes dos três reinos maléficos lá existem. E muito menos esses reinos. Esses pássaros são manifestados por Amitayus afim de que os seus cantos possam proclamar e difundir ao Dharma.”

“Naquela terra do Buda Amitayus, Sariputra, quando suaves brisas passam através da fileira de árvores cobertas de pedras preciosas e as redes cheias de pedrarias, elas produzem harmoniosos sons. E é como se uma centena de milhares de instrumentos musicais estivem sendo tocados juntamente. Qualquer um que ouça esses sons espontaneamente fica atento plenamente ao Buda, ao Dharma e a Sangha. Sariputra, aquela Terra do Buda Amitayus está cheia de uma imensa excelência e esplendor.”

4. “Porque razão, Sariputra, pensam que esse Buda é chamado Amitabha ? Sariputra, a luz desse Buda brilha ilimitadamente e sem impedimentos sobre todos os mundos situados nas dez direções. E é por essa razão que ele é chamado Amitabha. Novamente, Sariputra, as vidas do Buda e das pessoas desta terra dura ilimitadamente, pois é inumerável, e imensurável, por incalculáveis kalpas. E é por essa razão que esse Buda é chamado Amitayus. Sariputra, dez kalpas se passaram desde que Amitayus atingiu a Iluminação. Além disso, Sariputra, ele tem um imensurável e ilimitado número de sravakas como discípulos, todos eles são arthats, cujo número não pode reconhecido por qualquer meios. Sua assembleia de bodhisattvas é similarmente vasta. Sariputra, aquela terra do Buda está cheia de tal excelência e esplendor.”

5. “Novamente, Sariputra, todos os seres sensiveis nascidos na Terra da Suprema Bemaventurança moram num estado onde não há mais retrogressão. Muitos deles estão no Estágio de se tornarem num Buda após Mais Uma Vida. O seu número é tão grande que está além do reconhecimento e pode ser somente descrito como sendo inumerável, ilimitado e incalculável.”

“Sariputra, aqueles seres sensiveis que ouvem sobre essa Terra devem aspirar lá nascerem, porque poderão então encontrarem a sábios de uma suprema virtude. Sariputra, qualquer um poderá alcançar nascimento naquela terra com poucas raizes de bondade ou um pequeno estoque de méritos. Sariputra, se um bom homem ou mulher que ouça a Amitayus e se aferrem rapidamente ao Seu Nome por um dia, dois dias, três, ou quatro, cinco, seis, ou sete dias, com a sua mente concentrada, sem distrações, então, na hora da sua morte, Amitayus aparecerá com uma hoste de santos seres. Conseqüentemente, quando a vida chega ao fim e, a mente do aspirante não cai em confusão ele nascerá na Terra da Suprema Bemaventurança de Amitayus. Sariputra, percebendo a esses benefícios, eu digo: Todos os seres sensiveis que ouvirem este ensinamento deverão aspirar pelo nascimento naquela Terra.”

6. “Sariputra, assim como eu louvo a inconcebível virtude de Amitayus, assim os Budas da direção do leste, tão numerosos como as areias do Ganges, tais como o Buda Aksobhya, o Buda Merudhvaja, o Buda Mahameru, o Buda Meruprabhasa, e o Buda Manjusvara. Enquanto moram nas suas próprias terras, eles estendem as suas longas, e largas línguas, e com elas atingem o universo constituído de um bilhão de mundos, ao pronunciarem essas palavras da verdade: Os seres Sensiveis devem aceitar a este sutra intitulado Louvor a Virtude Inconcebível e Proteção por Todos os Budas.

7. “Sariputra, existem na direção sul Budas tão numerosos como as areias do Rio Ganges, tais como o Buda Candrasuryapradipa, o Buda Yasahprabha, o Buda Maharciskandha, o Buda Merupradipa, o Buda Anantavirya. Enquanto morando nas suas próprias terras, eles estendem as suas longas e largas línguas, englobando com elas a todo o universo constituído por um bilhão de mundos, pronunciando essas palavras da verdade: Os seres sensiveis devem aceitar a este sutra intitulado em Louvor a Inconcebível Virtude e Proteção por Todos os Budas.”

8. “Sariputra, há na direção oeste Budas tão numerosos como as areias do Ganges, tais como o Buda Amitayus, o Buda Amitaketu, o Buda Amitadhvaja, o Buda Mahaprabhsa, o Buda Ratnaketu, o Buda Suddharasmiprabha. Enquanto morando nas próprias terras, eles estendem suas longas e largas línguas, abarcando com elas todo o universo de um bilhão de mundos, pronunciando estas palavras da verdade: Seres Sensiveis devem aceitar este sutra intitulado Louvor a Inconcebível Virtude e Proteção de todos os Budas.”

9. “Sariputra, há na direção norte Budas tão numerosos como as areias do Ganges, tais como, o Buda Arciskanda, o Buda Vaisvanaranirghosa, o Buda Duspradharsa, o Buda Adityasambhava, o Buda Jaliniprabha. Enquanto morando nas suas próprias terras, eles estendem a suas compridas e largas línguas e abarcam com elas a todo o universo constituído de um bilhão de mundos, e pronunciam essas palavras da verdade: Os seres sensiveis devem aceitar a este sutra intitulado em Louvor a Virtude Inconcebível e Proteção de Todos os Budas.”

10. “Sariputra, há no nadir, Budas tão numerosos quanto as areias do Ganges, tais como o Buda Simha, o Buda Yasas, o Buda Yasahprabhasa, o Buda Dharma, o Buda Dharmadhvaja, e o Buda Dharmadhara. Eles estendem as suas compridas e largas línguas, abrangendo o universo de um bilhão de mundos, e pronunciarem essas palavras da verdade: Os seres sensiveis devem aceitar a esta sutra intitulado em Louvor a Inconcebível Virtude e Proteção de Todos os Budas.”

11. “Sariputra, disse o Buda Sakyamuni, há inúmeros Budas no Zenith tão numerosos como as areias do Ganges, tais como o Buda Brahmaghosa, o Buda Naksatraraja. o Buda Gandhottama, o Buda Gandhaprabhasa, o Buda Mararciskanda, o Buda Ratinakusumasampuspitagatra, o Buda Salendra, o Buda Ratnopalasri, o Buda Sarvaarthadarsa, o Buda Sumerukalpa. Enquanto morando nas suas próprias terras, eles estendem as suas longas e largas línguas, que abrangem ao universo constituído por um bilhão de mundos, e pronunciam estas palavras verdadeiras: Os seres sensiveis devem aceitar a este sutra intitulado em Louvor a Inconcebível Virtude e Proteção por Todos os Budas.”

12. “Sariputra, porque pensas que este ensinamento é chamado de ‘o Sutra da Proteção por Todos os Budas’? Sariputra, todos aqueles que ouvem este Sutra e se apegam a ele e também aqueles que ouvirem os nomes desses Budas estão protegidos por todos os Budas e moram no Estágio da Não Retrogressão ao realizarem o mais alto e perfeita Iluminação. Esta é a razão porque, Sariputra, deverão aceitar as minhas palavras com fé, e aos ensinamentos de todos os Budas. já aspiraram, Sariputra, assim como agora eu louvo a virtude inconcebível dos outros Budas, eles também louvam a minha virtude inconcebível, dizendo: ‘O Buda Sakyamuni, vós realizastes uma tarefa difícil e sem precedentes. Neste mundo Saha, durante o periodo maléfico das cinco impurezas – ou seja, o do tempo, pontos de vista, paixões, seres sensiveis, e duração da vida – atingistes o mais elevado, e perfeita Iluminação e, em nome de todos os seres sensiveis, apresentastes este ensinamento que é o mais difícil neste mundo de ser aceito pela fé.’ Sariputra, tens que compreender que eu realizei essa difícil tarefa durante o periodo das cinco impurezas. Isso quer dizer, tendo atingido o mais elevado e perfeita Iluminação, eu pelo bem do mundo, liberei este ensinamento, que é difícil de ser aceito pela fé. Esta, na verdade, é uma tarefa extremamente difícil.”

13. Quando o Buda apresentou este sutra, Sariputra e todos os monges, junto com seres de todo o mundo, incluindo aos devas, humanos, asuras se alegraram com o que tinham ouvido e o que os que tinham ouvido e reverentemente aceitaram isso. Tendo cultuado isso, eles partiram.